Preenchimento Facial com PMMA

Tatiana Tayti • 24 de dezembro de 2024

Tudo sobre o procedimento e seus efeitos



O preenchimento facial com PMMA (polimetilmetacrilato) tem se popularizado nos últimos anos. No entanto, é essencial destacar que, apesar da sua crescente adesão no mercado estético, o uso do PMMA apresenta sérios riscos e pode ocasionar complicações graves.



O QUE É PMMA?


O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é um material sintético utilizado em tratamentos estéticos onde através de microesferas, de forma semelhante ao gel, ele é injetado na pele. Diferente de outros preenchedores dérmicos, o PMMA atua de forma permanente permanecendo na pele por  vários anos.



COMO FUNCIONA O PMMA?


O PMMA é aplicado através de injeções no tecido subcutâneo, ou seja, na camada mais profunda da pele. Ao ser injetado na pele, age como um "suporte estrutural", preenchendo o tecido e estimulando a formação de colágeno.


Ao contrário de preenchedores temporários, como o ácido hialurônico, que são absorvidos pelo corpo com o tempo, o PMMA oferece resultados mais duradouros, podendo durar entre 5 a 10 anos, dependendo do caso.



QUAIS SÃO OS POTENCIAIS EFEITOS COLATERAIS DO PMMA?


O uso de PMMA pode apresentar alguns efeitos colaterais, que é importante conhecer antes de decidir pela aplicação.



Reações inflamatórias e infecciosas:  Após a aplicação do PMMA, podem surgir vermelhidão, inchaço ou dor leves, geralmente temporárias. Em alguns casos, pode ocorrer inflamação mais intensa, que, se não tratada, pode levar à infecção. 


Formação de nódulos e granulomas:
  Um efeito colateral comum do PMMA é a formação de nódulos ou granulomas, que ocorrem quando o corpo tenta isolar o material. Em casos graves, podem surgir feridas ou modificar a aparência da pele.


Migração do produto:
  Apesar de o PMMA ser projetado para permanecer no local da aplicação, em alguns casos pode migrar para áreas vizinhas, causando assimetrias ou deformações, o que pode exigir correção cirúrgica. 


Risco de complicações vasculares:
  Em procedimentos invasivos, especialmente em áreas com muitos vasos sanguíneos, o PMMA pode ser injetado na corrente sanguínea, causando complicações graves como  necrose, cegueira e AVC. 


Reações alérgicas e hipersensibilidade:
  Embora o PMMA seja biocompatível, algumas pessoas podem ter reações alérgicas, como coceira, vermelhidão ou inchaço.


Insuficiência renal crônica:
Existem relatos de casos de pacientes que desenvolveram insuficiência renal crônica, condição em que a pessoa pode precisar de hemodiálise e transplante renal.



O PMMA PODE SER REMOVIDO?


A remoção do PMMA é um processo complexo e difícil, uma vez que ele é um material que não se dissolve naturalmente, como outros preenchedores, como o ácido hialurônico. Além disso, o PMMA  não possui uma solução simples para sua remoção imediata.


Quando surgem complicações ou insatisfação com os resultados, pode ser necessária a remoção cirúrgica para retirar fisicamente o material ou o tratamento das complicações, dependendo da gravidade do problema.



O QUE DIZ A SBD


“A SBD contraindica o uso PMMA para fins cosmiátricos. Por outro lado, reconhece que, apesar dos efeitos adversos, o PMMA continua a ser uma ferramenta valiosa para o tratamento reparador de lipoatrofias faciais e corporais, como por exemplo em algumas pessoas vivendo com HIV/Aids que ainda necessitam da referida reabilitação, e, portanto, não podem ser marginalizados, bem como por igual direito sanitário naqueles que apresentam sequelas de amiotrofias por doenças como hanseníase e poliomielite, desde que administrado por profissionais qualificados, e mediante prescrição com receita controlada, bem como diagnóstico e termo de consentimento assinado pelo paciente ou responsável. Essas são condições imprescindíveis e cruciais para se garantir as corretas indicações e eficácia dos procedimentos, a prevenção e manejo de possíveis complicações.”


Para saber mais, acesse https://www.sbd.org.br/posicionamento-da-sbd-sobre-o-uso-de-pmma/



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O PMMA (polimetilmetacrilato) oferece muitos riscos que não compensam em um tratamento estético,  existem opções mais seguras e eficazes para cuidar da sua pele, promovendo resultados duradouros e preservando seu bem-estar.


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